As vezes, a felicidade parece incomodar outras pessoas, eu não consigo entender muito bem.
Deborah e eu finalmente nos entendemos, foi muito difícil me aproximar e mostrar para ela meu desejo de fazê-la feliz, nossos dias têm sido de alegria e muito amor, ela se orgulha de mim, suas amigas me acham uma boa pessoa, sua família me acha bom para ela. Mas, pela primeira vez você me fala de uma pessoa, uma amiga que mora fora do país, ela virá para te visitar, acompanhada de seu marido. Eu não sei explicar muito bem o que senti ao receber esta notícia, mas era como se eu soubesse que algo de r**m nos aguardava em um futuro próximo.
Nós vamos jantar com sua amiga, Deborah, eu confesso que não me sinto muito animado, mas você está feliz, então preciso fingir uma certa animação, por você. Você decidiu cozinhar para eles, isso é algo que você faz muito bem, gosto de te observar fazer algo que gosta com um brilho no olhar, me alegra te ver feliz.
A campainha toca, você se desespera e pergunta como está, é claro que está linda como sempre, Deborah, você corre para atender a porta e parece que uma nuvem n***a acaba de atravessar a porta, eu acho que teremos problemas.
- Uaaauu, você está linda Deborah, que saudade, que casa... Agradável...
Ok, você ouviu isso, Deborah? Sinto que essa mulher está te tratando com um certo desdém, como pode gostar tanto de alguém como ela?
- Quem é você?
Ok, agora é hora de fingir que sou educado e estou contente com a presença de uma cobra.
- Meu nome é Adrian, sou namorado da Deborah.
Me aproximo para cumprimentar e a mulher se afasta e me olha com desprezo.
- Eu não sabia que você está namorando Deborah... Disse a naja com cara de espanto.
- É recente, mas parece que a gente se conhece há muito tempo. Diz Deborah com um sorriso estampado no rosto.
A mulher não me cumprimenta e seu marido m*l abre a boca, apenas balança a cabeça, em forma de cumprimento. Esses são seus amigos?
A noite toda é uma tortura, é triste ver Deborah tão feliz e amistosa, enquanto essas pessoas nos tratam em tom de superioridade, Deborah é doce, sensível e inocente, mas eu vejo que essas pessoas não gostam dela, claramente não. A cada olhar, cada pergunta inconveniente, vez ou outra essa mulher me olha com cara de quem quer me destruir, não sei explicar.
Após tanto sofrimento e um jantar maravilhoso com um clima péssimo, essas pessoas finalmente vão embora e vejo novamente a luz, Deborah, você é minha calma, minha paz. Eu observo você levá-los até a porta gentilmente, você sai e conversa com eles por um tempo enquanto eu aguardo dentro de casa. Até que a porta se fecha e você vem em minha direção com uma expressão diferente, você parece não estar muito contente, eu entendo, seus amigos são péssimos, você deve estar decepcionada com eles, então tudo bem. Meus pensamentos são interrompidos por um corte doloroso e ríspido:
- Por que você agiu tão grosseiramente?
- O que?
- Você não foi nada sociável hoje, você nem falou com eles, nem demonstrou o menor interesse em conhecer eles.
- Mas, Deborah, eles sequer me cumprimentaram e desde que entraram, eu percebi como me julgavam com o olhar.
- Não acredito que tá dizendo isso, você... Você nem deu uma chance pra eles, você foi extremamente antipático, no lugar deles eu também não teria gostado de você.
- Então foi isso que te disseram? Que não gostaram de mim?
- Olha, eu e Laura somos amigas desde criança, é tipo você e o Nathan, você gostaria se eu o tratasse com tanta indiferença?
- Não.
- Que bom, então você entende como me sinto. Melhor você ir pra casa.
Levanto, abro a porta e saio... Então essa mulher m*l chegou na cidade e já chega fazendo intriga, nossa primeira briga aconteceu por causa de uma pessoa extremamente desprezível e manipuladora, é incrível como ela entrou na mente da Deborah e pôde reverter toda a atitude dela, como se EU fosse o culpado. E você preferiu ouvir ela, Deborah, confesso que me sinto decepcionado, mas eu entendo que o monstro é ela, ela se aproveitou da sua bondade e ingenuidade para entrar na sua mente e me montar como o errado da história. Ela é um perigo para nós, Deborah.
Você não fala comigo há dois dias, eu não quis te procurar para não te sufocar, talvez você só precise de um pouco de espaço para entender tudo o que aconteceu, mas eu sinto sua falta, sinto muito e toda vez que penso sobre isso, fico muito irritado com o desfecho, é tão absurdo que parece mentira, mas de fato... Aconteceu.
- Eu acho que essa mulher é invejosa, cara. Disse Nathan.
- Ela manipulou a Deborah, sabe, eu via nos olhos dela que ela é falsa, ela nem gosta da Deborah de verdade, parece que sente superior, eu senti o desprezo dela.
- A Deborah vai voltar, relaxa parceiro. Ninguém resiste à esses seus olhos azuis, fica de boa galã.
O Nathan é galinha e s*******o, mas é um excelente amigo, ele sempre me entende e me apoia nos meus piores momentos.
O trabalho me distrai por muito tempo, nós estamos assoberbados no escritório, muita papelada e processos cada vez mais complicados, nós temos que estudar um por um dos casos, porque não podemos errar nunca, não podemos deixar passar nenhum detalhe, porque nossas carreiras dependem disso, mas confesso que vire e mexe meus pensamentos vão para outro lugar, minha cabeça só pensa em você, Deborah.
Eu não gosto de estar brigado, ainda mais por um grande m*l entendido, então eu engulo meu orgulho e vou até sua casa, onde você me atende com uma cara não muito agradável, mas até brava você é linda. Você me deixa entrar e pergunta como estou, mas vou direto ao assunto:
- Desculpa, eu não quero continuar brigado assim, eu sinto sua falta e sinto muito por te decepcionar, isso não vai mais acontecer, eu prometo ser melhor daqui pra frente.
- Tudo bem, eu só quero que você trate meus amigos melhor. Nós vamos sair amanhã, Laura vai dar uma festa no apartamento que o namorado dela tem aqui na cidade, você quer ir comigo?
Sinceramente não, Deborah.
- Claro, vou adorar.
Mas o que eu não faço por você?
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